Rua 18 de Abril

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Quando por qualquer razão, indico a minha morada como sendo a Rua 18 de Abril ouço, muitas das vezes, a pergunta: “18 de Abril? Porquê? Então não é 25 de Abril?” Todos sabem o que aconteceu no 25 de Abril. Muitos sabem o que aconteceu a 5 de Outubro. Alguns sabem o que aconteceu a 1 de Dezembro. Efectivamente não é muito usual uma rua ser conhecida por uma data, com as excepções já referidas.

Na continuação do boletim anterior sobre a história da nossa Cooperativa e depois de eleitos os Corpos Sociais da mesma (em Assembleia a 26 de Janeiro de 1989) iniciaram-se as diligências necessárias ao seu reconhecimento, pelo que foram solicitadas entrevistas a várias individualidades oficiais “com vista a discutir o relacionamento entre esta Cooperativa e o Ministério da Justiça”. Procurava-se então desbravar o caminho que havia sido traçado e transcrito para os Estatutos, no artigo 3o, onde se refere que o objectivo principal “é a promoção e construção ou aquisição de fogos para a habitação dos seus membros e a reparação, conservação, remodelação e administração dos mesmos, prosseguindo ainda outras iniciativas de interesse para os Cooperadores no domínio social, cultural, material e de qualidade de vida, designadamente organizando postos de abastecimento, lavandarias, creches e infantários, salas de estudo e campos de jogos, centros de dia, sistema de créditos e poupança, criação e gestão de zonas verdes, o fenómeno da cultura em geral e em especial os princípios e a prática cooperativa”. Era, no entanto, premente proceder ao acto formal da legalização da Cooperativa, dando- lhe o necessário estatuto fiscal e legal. Eis pois que, em 18 de Abril de 1989, no Sétimo Cartório Notarial do Porto, perante o notário Licenciado Ludovino António Fernandes, “compareceram como outorgantes Franklim Alves Teixeira, Joaquim Eugénio Nascimento Seixas, Sebastião Joaquim de Oliveira Monteiro, José Albertino Novais de Sousa, Manuel Armando Antunes Ferreira, D. Elvira Alves dos Santos Silva, Almiro Augusto Guimarães, D. Maria de Fátima Sousa e Silva Magalhães Alves, Joaquim Filipe de Araújo Santos Coutinho e D. Fernanda da Conceição Santos Silva que declararam constituir uma Cooperativa de Responsabilidade Limitada denominada Cooperativa de Habitação dos Funcionários Judiciais com sede na Rua João das Regras, 222 na freguesia de Santo Ildefonso, no Porto, com o capital social de cinquenta mil escudos que será regida nos termos dos Estatutos que constam da escritura em documento complementar”, à mesma. Foi pois nesta data, 18 de Abril de 1989, que legalmente foi registada por escritura a nossa Cooperativa. Os Órgãos Sociais, entenderam, e muito bem, que seria importante ficar registada na nossa Comunidade esta data através da denominação de uma das ruas do conjunto habitacional. Assim, acredito que já ficamos todos esclarecidos!

José Paulo Sá

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